Quais são os principais desafios do pós-pandemia?
O setor da construção civil é extremamente amplo e cada segmento pode lidar com obstáculos diferentes no pós-pandemia. Apenas para se ter uma ideia, a cadeia do setor imobiliário é tão grande que impacta outros 97 segmentos, antes, durante e após a conclusão da obra. Com um universo tão abrangente, é natural que cada área perceba os desafios de forma diferente, e precise encontrar suas próprias soluções para lidar com eles. De uma forma geral, podemos mencionar 3 principais desafios nesse cenário pós-pandemia:
- 1. O medo do desabastecimento
O desabastecimento foi um dos maiores obstáculos enfrentados pelo setor da construção civil logo no início da pandemia no país, quando a adoção de medidas de isolamento social e quarentena fez com que muitas indústrias parecem de produzir. Embora gradualmente o problema tenha sido contornado, esse ainda parece ser o maior desafio em um cenário de pós-pandemia. A falta de insumos é um dos receios na hora de dar início a um novo empreendimento, por isso muitos investidores têm se mostrado cautelosos nesse momento. É importante saber de onde virão os materiais de construção antes de dar início a uma obra.
- 2. Variações nos preços
Esse desafio está diretamente relacionado ao anterior, por conta da oferta e da procura. Com a escassez de insumos disponíveis no mercado e alta procura por eles impulsionada também pelo Auxílio Emergencial concedido pelo Governo, é natural que os preços fiquem mais elevados, encarecendo os custos da construção. Materiais fundamentais para o setor da construção civil, como por exemplo o aço e o PVC apresentaram muitas variações de preços ao longo de 2020, e embora exista uma previsão de que os valores possam se estabilizar a partir do início de 2021, é importante acompanhar como a pandemia irá afetar a produção desses materiais.
- 3. Atrasos nos prazos
Com a redução do número de pessoas trabalhando em um mesmo ambiente, a dificuldade para adquirir insumos e as restrições de deslocamento impostas pelo novo Coronavírus, é comum surgir uma certa dificuldade para cumprimento dos prazos estabelecidos para entregas das obras. Esses atrasos muitas vezes geram prejuízos e desperdícios para o setor da construção civil, que deve buscar formas de se planejar para lidar com todos os imprevistos que parecem fazer parte da nova realidade no pós-pandemia.
Quais as expectativas em relação a 2021?
Apesar de todos esses desafios, as projeções do presidente da CBIC em relação a 2021 são otimistas. De acordo com ele, a pandemia fez com que as pessoas passassem mais tempo em casa e com isso elas começaram a priorizar mais a procura por um lar. Essa mudança de comportamento impactou diretamente o setor imobiliário, que teve um ótimo desempenho em 2020 se comparado a outros setores. Além disso, os juros mais baixos também estimularam a procura por imóveis. A tendência é que em 2021 os projetos vendidos ao longo deste ano sejam concluídos e entregues aos proprietários, movimentando os canteiros de obras.
Vale destacar que a pandemia ainda não chegou ao fim, por isso os cuidados para evitar o contágio e a transmissão do vírus continuam. O setor da construção civil tem conseguido se adaptar bem às medidas de combate ao Covid-19, mas é importante manter o estado de alerta e não acreditar que o problema está resolvido. Assim, as chances de o setor continuar crescendo em gerando empregos em 2021 certamente serão muito maiores.
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